
Fato é que com altas jornadas de trabalho o direito ao lazer é prejudicado e o proprio empregado não se dedica ao que faz. Tanto os trabalhadores quanto os empresários concordam que essa proposta não vai aumentar os empregos no Brasil, mas divergem quando as necessidades de cada categoria é colocada em xeque.
Para os trabalhadores seu emprego é de suma importância para sua manutenção, mas como desfrutar do que ganha se não tem tempo para isso?
Já para os empregadores, o que interessa é o lucro e a competitividade com o mercado externo. Se há alguma preocupação com os funcionários é simplesmente para mantê-los interessado em continuar trabalhando.
Acredito ser essa proposta um tanto inocente e utópica. Em uma sociedade cujo sistema capitalista a muito se mantém fortalecido, apesar dos grandes avanços na conscientização social, acreditar que é possivel uma rendição por parte de quem está no poder (e no momento, infelizmente, não é o povo) é praticamente brincar com os sentimentos dos trabalhadores.
Os Sindicatos, e agora digo o que penso sem querer provar nada, tentam criar possibilidades para desenvolver seu papel de representantes do cidadão assalariado. Mas em muitas propostas só existem palavras vazias. Basta ver os resultados dos dicídios.
Penso que esse movimento na próxima segunda-feira não passa de uma manobra, que ficará esquecida em breve, quando perceberem que para se consquistar redução de jornada é preciso conquistar a confiança do trabalhador, pois, quem apoiar uma paralisação, voltará ao trabalho assim que se sentir ameaçado a perder sua vaga para quem está desempregado a muito tempo.