quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

País de fraudes

A editora Peixes, responsável pela publicação de revistas como Gula, Set, Os Caminhos da Terra, entre outros títulos, está comprometendo sua credibilidade, tão importante para a manutenção no mercado concorrencial da informação e do entretenimento.


Em nome da própria editora ou por livre ação, um grupo está fraudando assinaturas anuais de exemplares de revistas da editora.

Ao mostrar a bandeira do cartão de crédito, a vítima tem seus dados colhidos e é descontado em sua fatura o valor da anuidade, aproximadamente R$200,00.

Fundada em 1998, a Editora Peixes teve até o final de 2006 35 reclamações no Procon. (http://www.procon.sp.gov.br/reclamacoes.asp?ano=2006&pesquisa=peixes)
Ações desse tipo além de causar danos materiais à vitima ainda causa constrangimento.

Esperar alguma postura positiva das operadoras de cartão de crédito seria ingenuidade, pois, para eles o que importa são os juros e os endividados!

Como uma empresa que se diz idônea, presidida pelo influente Angelo Rossi, permite que seu nome seja manchado de tal forma.? O desespero em busca de novos clientes leva ao ridículo empresas que forjam uma imagem ética.


Ainda que a direção da empresa não se responsabilize, seu nome está envolvido até que so prove o contrário.
Calar ou minimizar os danos seria o mesmo que consentir e aprovar esses abusos com a sociedade.

Jornalistas de nome forte no meio, como Sérgio Rizzo, jornalista, professor universitário e crítico de cinema da Folha de S. Paulo, têm a imagem exposta indiretamente. Quando uma empresa se presta a tal papelão, um número significativos de nomes são envolvidos.

A crise da informação ultrapassa os limites intelectuais e invade a esfera da corrupção que tanto é atacada pela mesma mídia que se coloca ao lado da sociedade na busca pela "transparência", mas que não tem escrúpulos para aumentar suas receitas.

Tudo o que tem sido construido pela Editora Peixes por meio de publicidade, não passa de uma farsa e um cenário circense, em que o palhaço é sempre o receptor/consumidor.

Um comentário:

Rose Soler disse...

Sabe, tenho de concordar com vc. O Brasil é realmente o país da fraude. Fazemos tudo o possível para obter uma vantagem, não importando quantas pessoas serão lesadas em nosso caminho rumo ao sucesso.
Afinal, é o lucro que importa, não é mesmo?
E sabe o que é pior nisso tudo? Nos tornamos tão desconfiados que, temendo sermos ingênuos, acabando caindo nos mesmos golpes.
E é como vc disse em seu texto: ações como essas acabam tirando a crebilidade de uma empresa. E, sem credibilidade, sem leitores. Sem leitores, sem dinheiro. E sem empregos tb. E lá se vai outro contingente de bons profissionais de volta à fila do desemprego.. Tudo por causa da ganância de alguns.