Já passava de 12h quando meu celular tocou. A loja estava cheia, não podia ser diferente, o natal se aproxima e nesse período em qualquer lugar é praticamente impossível transitar.
Eu estava em busca das ultimas coisinhas para comprar antes do natal. O que é nossa vida... corremos o tempo todo em busca de sabe-se lá o quê!!
Quando atendi, a notícia me fez perder os sentidos por algusn milésimos de segundos...o que fazer? O Tiano, ele morreu, assim, de repente... O que eu faço agora? E a Rita? Quem está com ela nesse momento?
- Ok Mirian, já estou indo pra casa. Assim que chegar ligo pra Juju.
A demora da lotação me fez caminhar, o mais rápido que pude, tão rápido quanto meus pensamentos...
Como assim o Tiano morreu? Como? Por que? Essas perguntas me sufocavam!
Não é por quem vai apenas, mas por quem fica... a Rita ficou.
Lembro-me como se fosse hoje: Eu e mais algumas pessoas queríamos que esses dois ficassem juntos... a teimosia era o que mais complicava a vida dos cupidos!!
Mas uma hora eles iriam se encontrar, conversar, e enfim se abrir para um lindo e cômico amor! Como era gostoso vê-los juntos!! Quantas coisas passaram...quantas vitórias, quantos obstáculos vencidos.
As afinidades? Nossa... completavam-se! Quando eu e o molina, hoje meu esposo, atuamos juntos com eles na congregação do jd. Castelo, podíamos ver que ali o casamento seria certo. Mais certo do que o nosso, inclusive.
- Alô? Juju? Oi Ju... como você está? Como está a Rita? Onde vocês estão?
Um monte de perguntas que já haviam respostas, mas que foi o que conseguir dizer quando falei a primeira vez com a Ju, irmã da Rita, uma das minhas melhores amigas. É estranho como mesenti imune, sem ação, com vontade de falar, de consolar, mas não haviam palavras...só lágrimas!
- Ela está...você imagina, né Ci! Daquele jeito. Não precisa vir aqui no hospital... apenas ore por nós, por ela.
Quando desliguei o telefone, a sensação de inútil se apoderou de mim novamente... Mas o que efetivamente eu poderia fazer? Nada! E é exatamente isso que acaba comigo...nada posso fazer agora, nesse momento.
O Tiano é meu primo, mas a dor que sinto com sua morte é de um amigo, casado com uma amiga... ambos queridos, que embora distante após os respectivos casamentos, estavam próximos... no coração, na amizade, em saber que estavam bem, sonhando, crescendo juntos.
Essas realizações foram interromidas... mas esse amor... esse jamais...
Nunca vou me acostumar com a morte... ela não é benvinda...Mas o que importa? Ela continuará a cumprir seu papel...
Sinto-me tentada a discutir o porquê... mas no fim, só me resta aceitar, até por que nada mudará o que já aconteceu.
Mas a responsabilidade de que sinto pela Rita é enorme... Não porque ela me deva algo, ou eu a ela. Essa responsabilidade está ligada ao sentimento de dor, que nos torna um. Amigos não precisam estar ao nosso lado o tempo todo. Precisam apenas saber que quando a necessidade chegar, eles estarão ali. É exatamente onde quero estar... pronta para ser um suporte, uma amiga, uma eterna prima.
Eu estava em busca das ultimas coisinhas para comprar antes do natal. O que é nossa vida... corremos o tempo todo em busca de sabe-se lá o quê!!
Quando atendi, a notícia me fez perder os sentidos por algusn milésimos de segundos...o que fazer? O Tiano, ele morreu, assim, de repente... O que eu faço agora? E a Rita? Quem está com ela nesse momento?
- Ok Mirian, já estou indo pra casa. Assim que chegar ligo pra Juju.
A demora da lotação me fez caminhar, o mais rápido que pude, tão rápido quanto meus pensamentos...
Como assim o Tiano morreu? Como? Por que? Essas perguntas me sufocavam!
Não é por quem vai apenas, mas por quem fica... a Rita ficou.
Lembro-me como se fosse hoje: Eu e mais algumas pessoas queríamos que esses dois ficassem juntos... a teimosia era o que mais complicava a vida dos cupidos!!
Mas uma hora eles iriam se encontrar, conversar, e enfim se abrir para um lindo e cômico amor! Como era gostoso vê-los juntos!! Quantas coisas passaram...quantas vitórias, quantos obstáculos vencidos.
As afinidades? Nossa... completavam-se! Quando eu e o molina, hoje meu esposo, atuamos juntos com eles na congregação do jd. Castelo, podíamos ver que ali o casamento seria certo. Mais certo do que o nosso, inclusive.
- Alô? Juju? Oi Ju... como você está? Como está a Rita? Onde vocês estão?
Um monte de perguntas que já haviam respostas, mas que foi o que conseguir dizer quando falei a primeira vez com a Ju, irmã da Rita, uma das minhas melhores amigas. É estranho como mesenti imune, sem ação, com vontade de falar, de consolar, mas não haviam palavras...só lágrimas!
- Ela está...você imagina, né Ci! Daquele jeito. Não precisa vir aqui no hospital... apenas ore por nós, por ela.
Quando desliguei o telefone, a sensação de inútil se apoderou de mim novamente... Mas o que efetivamente eu poderia fazer? Nada! E é exatamente isso que acaba comigo...nada posso fazer agora, nesse momento.
O Tiano é meu primo, mas a dor que sinto com sua morte é de um amigo, casado com uma amiga... ambos queridos, que embora distante após os respectivos casamentos, estavam próximos... no coração, na amizade, em saber que estavam bem, sonhando, crescendo juntos.
Essas realizações foram interromidas... mas esse amor... esse jamais...
Nunca vou me acostumar com a morte... ela não é benvinda...Mas o que importa? Ela continuará a cumprir seu papel...
Sinto-me tentada a discutir o porquê... mas no fim, só me resta aceitar, até por que nada mudará o que já aconteceu.
Mas a responsabilidade de que sinto pela Rita é enorme... Não porque ela me deva algo, ou eu a ela. Essa responsabilidade está ligada ao sentimento de dor, que nos torna um. Amigos não precisam estar ao nosso lado o tempo todo. Precisam apenas saber que quando a necessidade chegar, eles estarão ali. É exatamente onde quero estar... pronta para ser um suporte, uma amiga, uma eterna prima.
2 comentários:
Sabe Ci, eu entendo perfeitamente sua sensação de impotência. Várias vezes senti isso esse ano, por motivos diferentes.
Várias vezes quis ajudar de alguma forma a resolver as coisas, mas não sabia como. Ou melhor, eu não tinha como resolver nada, pois a solução não estava nas minhas mãos.
Realmente, prá morte nunca estamos preparados. Eu principalmente, pois evito ao máximo falar, e principalmente pensar nela. Faço de conta que ela não existe, ou é uma realidade distante.
Lendo seu texto me lembrei de uma frase que vi em um filme ontem: "a morte é uma doença". Não sei exatamente o que ela é, uma doença, um castigo ou uma dádiva. Mas é algo que acontece com todos um dia, e com certeza ela é mais difícil prá quem fica.
Desejo forças prá sua, agora mais do nunca, prima, e que vc possa, com seu alto-astral, ajudá-la a superar esse obstáculo que a vida colocou no caminho dela.
Bjos
oi Ci, hoje estou tomando coragem e lendo o que as pessoas escreveram sobre o luciano...sabe fico feliz e completa por ter vivido com um HOMEM tao maravilhoso como ele , que me completava e me fazia rir o tempo todo, ainda nao é facil, mas tenho sonhado muito com ele e em meus sonhos ele sempre esta me levantando e pedindo para eu seguir adiante... e é o que tenho tentado fazer!!!!
Quero agradecer a voce pela força e paelo carinho.saudades dele sempre vamos sentir , sinto por muitas pessoas que passam por isso,pois sei como é estar viva sem ter vida!!!!!
Um super beijao para vcs!!!!
saudades
passe no meu blog, quero postar este texto seu, posso?
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