terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pessoas


Quando vejo muitas pessoas, percebo que nunca estaremos sozinhos no mundo.

A não ser, claro, que desejemos isso. Quem é acometido pela depressão sente o desejo de se ver livre de pessoas, pois, a necessidade de reclusão é desesperadamente real.


Pessoas nos trazem sensações, boas ou ruins, que nos força a ter determinado comportamento. Tem gente que se diz "a mesma pessoa em diferentes lugares", mas bem sabemos que é impossível.


Primeiro porque o modo como somos vistos tem grande influência em como desejamos ser. Não posso me portar no ambiente profissional como me comporto em casa, ou entre amigos. É simplesmente inviável.


Hoje vi muitas pessoas. Uma loja de materiais escolares... volta às aulas, imagine como estava!! As pessoas tinham vontade de atropelar umas às outras para que o produto que desejavam estivessem mais facilmente ao seu alcance.


Exausta, me senti como alguém em depressão: queria sair de lá o mais rápido possível, evitar aquela muvuca de lunáticos consumidores!!


Mas, olha o paradoxo! Quando estamos entediados o que mais desejamos é sair de casa! Ver gente, ir a uma balada, ou assistir a um filme com amigos...enfim, somos loucos por pessoas!


Não dá para estar sozinha no mundo! Mesmo quando a sensação é essa... é provisória, precisamos de contato. Seguindo a teoria semiótica, a superpopulação é a causa da reclusão humana. Seja reclusão virtual de relações fracas e instáveis, ou de menosprezo pelo próximo.


Entretanto, essa mesma superpopulação e invasão de espaço, nos faz necessitados de um alguém. Mesmo um anti-social se relaciona, por mais que isso seja raro.

As pessoas representam a vida em movimento... pessoas chegam e se vão, com a mesma velocidade que amamos e odiamos estar em companhia de outros.

3 comentários:

Interlude disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bianca Hayashi disse...

Ai, ai, pessoas... por mais anti-social que eu possa parecer, eu adoro pessoas. Adoro observá-las, lê-las, pensar no que eles pensam. Também gosto de estar rodeada de pessoas queridas, embora também precise de um longo tempo sem elas. Explico: você vai odiar voltar para casa comigo todos os dias. Eu tenho uma certa tendência a fugir das pessoas, não que não me agradasse a companhia. Simplesmente: a hora da volta para casa é a hora da reflexão.

Desde que me conheço por gente tenho essa mania... gosto de voltar para casa sozinha, relembrar momentos, pensar neles e imaginá-los totalmente diferentes da realidade. Mas continuo adorando as minhas companhias. ^^

Rose Soler disse...

Embora seja quieta e calada em algumas situações, gosto de ver pessoas. Às vezes até preciso delas, como se ver alguém que não conheço funcionasse como uma válvula de escape para alguma coisa que precisasse libertar, mas sem saber o quê.

Às vezes fujo do contato físico, mas nunca da companhia. Ficar sozinho é chato, e rir sozinho não tem graça..

Bjos